É
impressionante a desfaçatez das declarações emitidas pelo dono da empresa de
ônibus envolvida no recente confronto entre as torcidas organizadas do Náutico
e Sport, episódio no qual foi covardemente baleado o jovem Lucas de Freitas Lyra, de 19 anos, atualmente lutando
pela vida, em um leito de UTI do Hospital da Restauração.
Após
a polícia levantar a possibilidade de que o disparo teria partido da arma de um
dos seguranças da Globo, o proprietário simplesmente declarou que a presença de
“segurança privada” em seus ônibus é uma atitude rotineira, como se não
soubesse que esse tipo de atividade, do jeito como está sendo feita, pode
caracterizar uma série de ilegalidades, entre as quais a de formação de
milícia.
Será
que o proprietário da Globo acredita que pode, no Recife do século XXI, agir do
mesmo jeito que agiam os donos das antigas diligências do “velho oeste
norte-americano”, no século XIX?
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