Vejamos o caso do promotor público recentemente assassinado no interior de Pernambuco.
Logo após sua morte, muitas foram as "otoridades" que, na ânsia de aparecer na mídia, deram pomposas entrevistas, sempre ressaltando a tese de que o promotor teria sido vítima de um atentado decorrente do seu trabalho, o que se constituiria, por conseguinte, em um ataque direto "Sistema Judiciário".
Agora, após o Estado haver criado uma situação de guerra na busca dos assassinos, gastando recursos que não gastam nas investigações de crimes envolvendo "simples cidadãos", conclui-se que o promotor teria sido assassinado por conta de uma prosaica disputa de terras, episódio no qual, se de algum modo fez uso do seu cargo oficial, seria, segundo o entendimento dos prováveis assassinos, para “criar facilidades” que privilegiassem os interesses da sua noiva, na questão fundiária em que ela estava envolvida.
São fatos assim, nos quais o corporativismo dos entes públicos fala mais alto do que a razão, que estão fazendo com que o Judiciário caminhe célere para o mesmo nível de descrédito popular em que já se encontram o Legislativo e o Executivo.
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