APÓS ESCÂNDALOS, SENADO VOLTA AO ESQUEMA DE "OCIOSIDADE RECOMPENSADA"

A sessão de hoje no Senado foi, mais uma vez, ridícula! Com o plenário quase que totalmente vazio, pois a maioria dos congressistas aproveitava a segunda-feira para prolongar o final de semana, como normalmente acontece, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), aproveitou a ocasião para fazer proselitismo, a guisa de esclarecer os motivos que levaram ao arquivamento de todas as representações que existiam contra ele. De repente, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que estava “de passagem” pelo Senado, a caminho do aeroporto, onde pegaria um vôo para São Paulo, resolveu fazer uma intervenção no discurso de Sarney, para cobrar que houvesse um maior detalhamento nas explicações que estavam sendo apresentadas. Aí lascou tudo! Sarney, que estava desenvolvendo o seu “improviso do jeito que ensaiando durante todo o final de semana”, ao ser interrompido por Suplicy, com sua já conhecida agilidade discursiva, principalmente quando da exposição de um raciocino medianamente elaborado, ficou uma fera, e “soltou os cachorros pra cima do petista”. O problema foi que a demora da intervenção de Suplicy, faz com que o “coronel maranhense” perdesse o fio da meada, tal como acontece com aqueles meninos que decoram a tabuada, e que na hora de apresentar a lição, quando interrompidos, são obrigados a “recomeçar do começo”. Seria tudo muito engraçado, não fosse pelo fato de que esses sujeitos, para ficarem nessa “embromação”, fingindo fazer algo muito sério, são regiamente recompensados. E bota regiamente nisso!