Ainda
hoje, ouvindo uma entrevista do deputado Waldemar Borges, líder do governo na
Assembleia Legislativa de Pernambuco, percebeu-se claramente que nem mesmo os membros
da base governista sabem o sentido dessa oportunista e eleitoreira iniciativa do
Palácio do Campo das Princesas.
Depois
de gaguejar à vontade, o deputado saiu-se com a ridícula explicação de que a tal
Comissão da Verdade, ao invés da conotação revanchista e eleitoreira que a
caracteriza, teria o sentido evitar que os crimes cometidos durante o regime
militar fossem esquecidos, deixando de esclarecer os motivos pelos quais apenas
os crimes cometidos pelos “gorilas da ditadura” estariam sendo investigados, “varrendo-se
acintosamente para baixo do tapete” os crimes cometidos pelos “aloprados terroristas
de esquerda” (será que agora vão tentar ideologizar os crimes, apelando
para aquele velho e cínico ditado: “aos amigos os
benefícios da lei, aos inimigos os rigores da lei; e àqueles que não são amigos
nem inimigos, simplesmente a lei”?).
Uma Comissão da Verdade que já nasce com os seus “resultados encomendados”,
não merece o título que recebeu, pois é, no máximo, uma “Comissão da Meia
Verdade”...
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