Estou cada vez mais
convencido que um dos grandes problemas da presidente Dilma, em todo esse
processo de impeachment que correu na Câmara do Deputados, foi a má escolha que
fez em relação ao seu defensor.
Além de parecer
"curto de argumentação", o Dr. José Eduardo Cardozo é arrogante
quando das suas exposições, o que faz com que agregue em muitos ouvintes uma
clara antipatia pela sua fala, em uma claro exemplo
de como o modo de falar pode prejudicar enormemente o conteúdo do discurso.
Para exemplificar, recorde-se a sua cansativa ladainha quanto ao
fato de que o pedido de impeachment seria uma vingança pessoal do deputado
Eduardo Cunha, esquecendo de atentar para o fato de que se o presidente da
Câmara cumpriu os preceitos regimentais para a abertura do processo de
impeachment, julgar a sua intencionalidade é, no mínimo, puro e simples
"exercício de adivinhação", pois é um ponto de vista impossível de
ser juridicamente comprovado.
Está mais do que claro que toda essa ladainha do Dr. José
Eduardo Cardozo quanto ao motivador vingativo de Eduardo Cunha não tem base
técnica e/ou científica, ficando no âmbito das suposições e/ou do
"achismo".
Parece até aquela falaciosa "conversa mole", tão
comumente utilizada por comentaristas esportivos, que ao analisar uma
penalidade máxima em que existem dúvidas entre "bola na mão ou mão na
bola", insistem em formar opinião a partir do que acham ter sido a
intenção do jogador que cometeu o pênalti, como se fosse possível que alguém
possa determinar, com segurança, as reais intenções de outra pessoa,
esquecendo-se que em todo e qualquer julgamento o que importam são os FATOS.
Por outro lado, mesmo considerando que Eduardo Cunha possa ter
agido movido por vingança, o que, repito, é impossível comprovar, o crucial é
saber se ele tinha respaldo legal para o ato que praticou, e, principalmente,
investigar se a denúncia procede.
Entendo que vã tentativa de desviar o assunto, deixando de lado
os crimes cometidos para "concentrar fogo" no acusador, não passa de
uma velha e repetitiva estratégia de defesa petralha, calcada na insistência de
desqualificar o acusador, como forma de fazer com que a acusação seja colocada
em segundo plano (quantas vezes já vimos esse "filme"?).
Afinal, se o advogado de Dilma tivesse deixado de lado o
"mimimi" e a sua "sanha" acusatória contra Eduardo Cunha ,
dedicando mais tempo e esforço na real defesa jurídica da sua
"cliente", priorizando o "desmonte" dos argumentos da
acusação, talvez tivesse obtido melhores resultados na defesa de sua
"cliente", evitado a sua "acachapante" derrota.
E tenho dito!
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