Será que a omissão desses "democratas" de meia tigela, do tipo que hoje toma conta da política brasileira, ao ficarem calados diante das arbitrariedades cometidas com pelos norte-americanos, em relação ao corpo de Bin Laden, e líbio, em relação ao corpo de Gaddafi, significa que estão começando a compreender os motivos que podem ter motivado os militares brasileiros, durante o período da "guerra suja", travada entre forças da repressão e guerrilheiros esquerdistas, a darem 'sumiço" nos corpos dos guerrilheiros mortos?
Ou será que vão partir para, de forma cínica e aberta, assumir que são adeptos do conceito de que "pimenta nos olhos dos outros é refresco"?
Afinal, em todos os casos em que cadáveres dos adversários são tratados com vilania, no Paquistão, na Líbia ou no Brasil, a motivação é sempre a mesma, qual seja a de evitar que os corpos sejam transformados em símbolos de luta, fazendo com que o "inimigo morto" passe a ser mais perigoso do que quando estava vivo.
Particularmente, como acredito que mesmo em períodos de guerra, "limpas ou sujas", deve-se manter um mínimo de dignidade, sou radicalmente contrário ao desrespeito aos corpos de adversários, independente de circunstância. Afinal, se começarmos a aceitar explicações para atos de selvageria explícita, cometidos por quem quer que seja, e por quais motivos forem, estaremos automaticamente justificando barbáries que possam ter sido cometidas antes, ou que venham a ser cometidas no futuro.
O resto é balela!
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